6 fatos a observar quando se planeja uma viagem


Quando se está planejando uma viagem, deve-se levar em consideração uma série de fatores como a possibilidade de contratar os serviços de um agente de viagens ou simplesmente fazer tudo por conta. A pesquisa, as reservas, a logística em geral (sem contar com as trocas de moedas e as barreiras linguísticas e culturais) podem se tornar um desafio, mas que pode ser vencido com paciência e um bom planejamento lançando mão, cada vez mais, das facilidades que os aplicativos nos têm garantido democratizando o contato globalizado, o aprendizado e a realização de sonhos que há bem pouco tempo beiravam o impossível.

Eis algumas considerações que todo viajante deve observar antes de iniciar uma jornada, principalmente quando o destino é um país distante.



1. Definição de perfil

Há três formas básicas de se viajar: por pacotes turísticos, excursões ou por conta própria. Para os destinos mais tradicionais é fácil encontrar pacotes de viagem prontos (aéreo, transporte, hospedagem, guias turísticos) como para a Tailândia, Índia ou China. Contudo, se o viajante quiser ir ao Laos, às Filipinas ou ao Nepal, será um pouco mais complicado e bem caro se optar por uma agência de turismo que confeccione um pacote personalizado.

Nos dois primeiros casos, basta consultar um agente de viagens e ver qual pacote cabe no bolso ou se encaixa com suas aspirações. Para o último, e mais pessoal, haverá a necessidade de se planejar com um bom tempo de antecedência podendo se estender ainda mais à medida em que o país seja mais exótico ou inseguro. Se o sonho for, por exemplo, visitar um país de política complicada como os dominados por grupos terroristas, é necessário fazer uma análise minuciosa dos por quês da viagem, consultar embaixadas, conhecer um mínimo do idioma e costumes locais e procurar fazer amizades no país via internet com alguns anos de antecedência. Já se o país tiver habitantes que falem um idioma conhecido, cujos costumes não sejam tão diferentes e a alimentação seja razoável, provavelmente um ano frente ao computador e/ou usando o smartphone seja suficiente.


2. Tempo e dinheiro

Um viajante, em geral, quer somente escolher seu destino e partir. Leva um bom tempo pesquisando sobre o transporte, a acomodação e a logística da viagem como um todo. E tempo é moeda preciosa. Quem dispõe dele o usa para aprender e preparar sua viagem por conta principalmente quando o destino não é tradicional.

Quando não se encontra tempo acaba sendo necessário comprá-lo e esse valor é inversamente proporcional à disponibilidade de pacotes prontos disponibilizados por agências de viagem. Ou seja, quanto mais escassa a oferta de viagens a um determinado país, mais caro será para se pagar a um agente de viagem confeccioná-lo.

Se o destino é comum... basta fazer uma poupança e esperar uma oferta que sempre aparece no destino, nas passagens ou em todos as etapas.

Contudo, com paciência e estudo é possível economizar na casa dos milhares de reais. Os serviços de agências de turismo podem ser inacessíveis àqueles que têm um grande sonho, mas pouco dinheiro.


3. Transporte

Tanto as passagens aéreas quanto os deslocamentos no local são partes importantes do planejamento. Primeiramente, deve-se saber quais companhias farão os translados internacionais e domésticos para as maiores distâncias. As pesquisas por preços de passagens começa cedo, com pelo menos um ano de antecedência e a aquisição ideal é de alguns meses antes do internacional. Já os domésticos, diz-se que uma antecedência de 12 dias é suficiente, contudo, uma observação prolongada pode também garantir preços incrivelmente baixos em promoções ou mesmo trocas de pontos.

Quando no destino, será necessário avaliar qual meio vale mais a pena: se táxi / uber (e demais aplicativos), transportes coletivos ou mesmo aluguel de veículos para dirigir (sempre verificando a aceitação ou não da PID). Tudo isso também deve ser pesquisado em tempo... não esquecendo de aliar o uso das ferramentas de localização como GPS e Google Maps para calcular as rotas e para eventualmente checá-las (por precaução) quando já no local.


4. Atividades preferidas

No planejamento de uma viagem é importante maximizar o tempo que se leva em cada local. Em uma excursão, por exemplo, pode-se ser obrigado a visitar lugares pelos quais não há interesse em concordância com a vontade do grupo. Às vezes, também, a quantidade de pontos turísticos na lista é tão grande que a ação é transporte - visita - foto - transporte para o próximo... sobrando pouco tempo para curtir o que mais interessa, considerando que cada viajante tem uma preferência exclusiva.

Quando se está viajando por conta própria, já na etapa de planejamento se busca os melhores pontos turísticos de acordo com o que se deseja, se planeja quanto tempo passar em cada lugar, o quanto se está disposto a pagar dentre outros pontos.

Se o desejo é conhecer praias paradisíacas, pode-se optar por Boracay, nas Filipinas. Já se for surfe, Bali, na Indonésia, pode ser um excelente destino. Ou, ainda, se o interesse é religioso, visitar as estupas budistas no Nepal ou o Templo do Dente de Buda no Sri Lanka serão experiências bastante enriquecedoras.


5. Orçamento

Quando se compra um pacote de viagens fechado, deve-se observar o que está contido. Isso também serve para excursões. Mas no caso de se planejar a própria viagem, duas palavras são essenciais: paciência e organização. É muito comum haver promoções de passagens aéreas para destinos inesperados, então é bom ficar atento e pesquisar prestando atenção às conexões, escalas e documentações necessárias, pois ter que tirar um visto de última hora, já no destino, pode custar caro ou até mesmo cancelar a viagem já na chegada.

As reservas dos hotéis ou pousadas seguem o mesmo princípio. Quando menos se espera surge uma promoção específica, ainda que a diferença de preços não seja tão grande. O ideal é fazer simulação após simulação e dar preferência aos hotéis que permitam cancelamento com reembolso total. Quando encontrar um quarto adequado, com as condições adequadas, livre de multa por cancelamento, pode-se já fazer a reserva e PRESTAR MUITA ATENÇÃO à data limite após a qual não será possível reembolso.

Os custos com transporte e alimentação também entram na conta, e aí é uma questão de conversar com os locais pelas redes sociais. Fazer amigos estrangeiros mesmo! Eles poderão dar dicas e informar como é o cotidiano, não esquecendo que estrangeiros são tradados de forma diferenciada dependendo do país, então é bom saber o preço das coisas antes de ser "confundido" com algum turista milionário.

6. Simplesmente VÁ!

É evidente que um mínimo de conhecimento e planejamento é necessário antes do evento principal que é embarcar rumo ao destino tão sonhado. Mas ficar anos e anos só planejando, esperando O DIA em que tiver dinheiro, O DIA em que mudar de emprego, O DIA em que tiver mais liberdade... não resolve.

A viagem virtual já é feita durante o planejamento. É preciso dar o passo inicial em cada uma das etapas exemplificadas neste artigo e resumidas a planejamento, aprendizado, conhecimento, aquisição e execução, acontecendo todas ao mesmo tempo, intercaladas e interconectadas na maior parte dos casos.

É claro que há lugar mais ou menos seguros, mas em termos gerais, boa parte dos países aceitam bem a turistas, pois são os que trazem movimento à economia e são fontes de negócios à população. Quando se ouve sobre problemas com turistas ou estrangeiros em determinado país, deve-se levar em conta que se tratam da exceção, não da regra.

Informação nunca é demais, principalmente quando se está tão longe de casa.

E para maiores informações sobre os países da Ásia, viagens, promoções e cultura siga a página do Instituto Brasilipino no Facebook. Publicamos notícias relevantes e dicas importantes para viagens internacionais em geral, com segurança e preços que cabem no seu bolso, sempre tendo como principal destinação os países do oriente. 

* Baseado no artigo "Touring ABCs: The smart way to travel" da agência COSMOS


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