5 Artes Marciais asiáticas não tão conhecidas no ocidente
É certo que maior parte das Artes Marciais conhecidas no ocidente tiveram sua origem na Ásia. Dentre as mais difundidas no Brasil estão o Karatê e o Judô do Japão, o Kung Fu da China, o Tae Kwon Do da Coréia do Sul e mais recentemente o Krav Magá de Israel. Dentro de cada arte há ainda estilos específicos como as versões Gojo-ryu e Wado-ryu do Karatê e as mais variadas genealogias do Kung Fu como o Shaolin do Norte, o Wing Chun, o Fei Hok Phai e muitos outros.
No entanto, algumas são muito pouco conhecidas e refletem a realidade e a história dos povos tanto quanto as artes mais famosas. Eis uma pequena lista de "lutas" com as quais o leitor provavelmente jamais tenha tido algum contato.
1. Kalaripayiti - Índia
Arte ancestral cuja história pode levar a antes dos séculos VI e VII. Em um templo antigo próximo à cidade de Madras foram encontradas estátuas que representam o uso de técnicas de uso das mais variadas armas bem como o desarmamento. Trata-se de uma arte mais rural, ensinada a moradores do campo e áreas mais afastadas dos grandes centros. Também dividida em vários estilos geralmente referenciando aos locais de onde originaram. No vídeo a seguir é possível observar o funcionamento dessa arte tão diferenciada.
2. Arnis, Eskrima e Kali - Filipinas
Derivada das artes malaias agregadas sob o termo Silat, os termos que a definem se referem à artes marciais das Filipinas em geral, tanto com armas quanto mãos livres, e aos esportes do país. Arnis se refere a uma espécie de bastão curto, Eskrima a um facão ou espada e Kali às facas. Há vários estilos de norte a sul do país, cada um privilegiando uma arma ou técnica diferenciada. No vídeo a seguir, com a demostração de uma academia nos Estados Unidos, é no mínimo curioso o detalhe das bandeiras na parede...
3. Kurash - Uzbequistão
Uma espécie de "wrestling" e considerada também uma luta ancestral. Há relatos da Kurash pelo historiador grego Heródoto (485 a.C. a 425 a.C.) como um esporte comumente praticado pelos habitantes do território que hoje corresponde ao Uzbequistão. Em Janeiro de 2003 foi reconhecido como esporte olímpico pelo comitê da Ásia e atualmente é oficial nos jogos olímpicos asiáticos. O vídeo a seguir é de uma das competições dos Jogos Olímpicos Asiáticos de 2018 que ocorreram em Jacarta, na Indonésia. Ambos os competidores são uzbeques e a arte lembra muito o Judô japonês, ainda que as origens pareçam ser distintas.
4. Tang Soo Do - Coréia do Sul
Baseada na Subak (arte ancestral da Coreia), foi criada pelo mestre Hwang Kee na década de 1930. Sua premissa é ser uma arte simplificada, ou seja, sem movimentos espalhafatosos comuns principalmente nas artes chinesas. Apresenta elementos comuns ao Katarê e ao Tae Kwon Do. O vídeo a seguir é uma demonstração levada ao público no Campeonato Mundial de 2009 em Rotterdã, na Holanda.
5. Banshay - Mianmar (Birmânia)
Arte marcial birmanesa, derivada da Silat malaia assim como as artes filipinas e baseada no uso da espada, bastão e lança. Historicamente a arte surgiu no período das migrações de monges budistas pela região, agregando elementos das artes chinesas e indianas. A seguir um vídeo com o treino e algumas formas.
Menção honrosa: Jeet Kune Do - vários países
Talvez essa arte marcial não se encaixe no perfil de pouco conhecida, mas vale a lembrança por não ser tão tradicional. "Criada" por Bruce Lee e associados (como o filipino Dan Inosanto e o japonês Taky Kimura), se diz "sem formas". Carregada de argumentos filosóficos que se mesclam com a prática, o Jeet Kune Do é derivado do estudo de várias artes marciais, seus pontos fortes e fracos. É voltada mais ao conhecimento do que funciona melhor para cada lutador, mas sem ficar preso a uma técnica específica. Trata-se de usar o vazio e tirar proveito do que emana desse vazio para o preencher com a arte e movimento. O livro O Tao do Jeet Kune Do, baseado nas anotações deixadas pelo artista, serve como base para o que se tem hoje de mais eficiente em termos de lutas sendo considerada uma das origens das competições de MMA. A seguir, um trecho do que seria o filme Jogo da Morte original, resgatado em um documentário sobre a vida do artista, onde tradicionalmente Bruce Lee mostra a eficiência do seu "método" como nos demais filmes.
Talvez essa arte marcial não se encaixe no perfil de pouco conhecida, mas vale a lembrança por não ser tão tradicional. "Criada" por Bruce Lee e associados (como o filipino Dan Inosanto e o japonês Taky Kimura), se diz "sem formas". Carregada de argumentos filosóficos que se mesclam com a prática, o Jeet Kune Do é derivado do estudo de várias artes marciais, seus pontos fortes e fracos. É voltada mais ao conhecimento do que funciona melhor para cada lutador, mas sem ficar preso a uma técnica específica. Trata-se de usar o vazio e tirar proveito do que emana desse vazio para o preencher com a arte e movimento. O livro O Tao do Jeet Kune Do, baseado nas anotações deixadas pelo artista, serve como base para o que se tem hoje de mais eficiente em termos de lutas sendo considerada uma das origens das competições de MMA. A seguir, um trecho do que seria o filme Jogo da Morte original, resgatado em um documentário sobre a vida do artista, onde tradicionalmente Bruce Lee mostra a eficiência do seu "método" como nos demais filmes.
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